A pandemia causada pelo coronavírus influenciou em diferentes dinâmicas sociais e econômicas. O distanciamento social, as mudanças de prioridade no consumo, a preocupação com a contaminação nos levou a um cenário de fechamento de milhares de vagas de empregos e negócios. Só no Distrito Federal já foram, segundo Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF) e informações do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), cerca de mil empreendimentos fechados definitivamente e 14 mil profissionais demitidos no período de março até junho.
Não conseguimos mensurar de forma definitiva o impacto dessa crise na indústria, comércio e mercado de trabalho, porém algo já sabemos: precisamos repactuar a relação do setor privado com o setor público, a relação do empregado e empregador e também a relação fornecedor e consumidor.
Ainda estamos descobrindo qual será o “novo normal” das relações socioeconômicas, porém essa crise apenas intensifica a crise de um modelo econômico nada sustentável ou responsável. Diante desse contexto, quais são as medidas emergenciais de apoio que o poder público pode tomar para apoiar o setor privado e os trabalhadores? Como garantir que o conceito de trabalho decente seja assegurado, na prática, a todas as pessoas? Qual é a nova visão que os empreendimentos, sejam os tradicionais ou os inovadores, devem ter para garantir sua estabilidade no mercado? Quais são as lições e as mudanças efetivas no nosso modelo de consumo?